Hoje um bebê grudou em mim! A menina ficou esticando os bracinhos para pular no meu colo! Eu adorei, é claro! hahaha Mas essa história me fez pensar... Tenho vizinhos novos, a mãe é peruana e tem duas crianças. O pai aparece de vez em quando para distribuir tapas. Só ouço os gritos e ais. Da mãe e das filhas. Dá uma agonia... Nunca ouço a mulher falando, é tudo na gritaria. Às vezes, logo cedo, já vem a xingação. A mulher não sabe conversar, é sempre no berro. Com mãe tão estressada, como pode alguém crescer sem traumas?
Vejo muitos bebês por aqui. Nascem, em média, dez brasileirinhos por dia em todo o Japão! Vejo os pais babando, as mães orgulhosíssimas, os avós e tios corujas... E penso nos adolescentes que quase não vêem os pais ou não os suportam. E nos pais que abandonam os filhos porque o casamento acabou. Pai não é para sempre?
Fico imaginando quando essa relação de amor incontestável acaba. Por que o diálogo se torna tão difícil, quase impraticável. Como essa ligação intrínseca ganha distância tão sem alcance...
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